Fundada em 3 de junho de 1621 pela República Holandesa, recebendo uma carta (octrooi) que lhe concedia um monopólio de 24 anos sobre o comércio e a navegação nas Índias Ocidentais (Américas e costa ocidental da África).19 Estruturada em cinco câmaras (Amsterdam, Zeeland, Maas, Noorderkwartier, Stad en Lande) e governada por um conselho de 19 diretores (Heeren XIX).19 Seus objetivos incluíam eliminar a concorrência ibérica e estabelecer colônias holandesas.19 Atuou em diversas frentes: comércio de peles na Nova Holanda (fundando Nova Amsterdam/Nova York e Fort Orange/Albany) 56; conquista e administração de partes do Brasil (1624-1654) para controlar a produção de açúcar 19; estabelecimento de feitorias na Costa do Ouro (África) para comércio de ouro, marfim e, principalmente, escravos 19; e corso contra navios espanhóis e portugueses (captura da frota da prata espanhola por Piet Heyn em 1628).19 Foi a principal responsável pelo tráfico holandês de escravos para as Américas, especialmente para o Brasil e Curaçao (que se tornou um entreposto).19 Implementou o sistema de patroonships na Nova Holanda, uma forma de posse de terra semifeudal.56 Enfrentou dificuldades financeiras, concorrência (inclusive de outras companhias holandesas e estrangeiras), conflitos com potências europeias e resistência local (expulsão do Brasil).19 A primeira companhia faliu e foi dissolvida em 1674, sendo substituída por uma segunda GWC com um foco mais restrito no comércio de escravos.19 A segunda companhia foi dissolvida em 1792, com seus territórios e dívidas assumidos pelo Estado holandês.19