Localizada no promontório homónimo, o ponto mais sudoeste da Europa continental, descrito como "onde a terra acaba e o mar começa". Apresenta planta poligonal com baluartes nos ângulos e baterias voltadas ao mar. Uma grande cortina muralhada fecha o acesso terrestre, possuindo um cavaleiro (estrutura defensiva elevada) ao meio, sob o qual se rasga a porta principal. No interior destacam-se a Igreja de Nossa Senhora da Graça (planta longitudinal, nave única e cabeceira quadrangular), alguns edifícios de apoio e a enigmática "Rosa dos Ventos", lajeado circular de grandes dimensões cuja função original é desconhecida. A localização extrema e a associação histórica e lendária com os Descobrimentos conferem a Sagres um valor simbólico e cultural que transcende a sua arquitetura militar específica, explicando a sua importância turística e o reconhecimento com a Marca do Património Europeu em 2015. A presença da "Rosa dos Ventos" alimenta o mistério e o debate académico sobre as atividades que ali decorriam, reforçando o interesse pelo local. Possui também um centro de arte contemporânea.