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País

Portugal

Cidade / Região

Oeiras / Lisboa

Data da construção

Iniciado em 1553, durante a segunda metade do século XVI (reinado de D. João III), com modificações significativas nos séculos XVII e XVIII.

Estado de conservação

Classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP) em julho de 1957. Atualmente sob a tutela do Ministério da Defesa Nacional, é utilizado para atos de representação dos organismos da Defesa. Encontra-se em bom estado geral, tendo sido objeto de diversas intervenções de conservação e remodelação ao longo dos anos. A sua trajetória, de fortaleza chave a prisão, seguida pela desativação militar formal (1947) e re-funcionalização para atos de representação estatal, ilustra o percurso comum de grandes fortificações que perdem a função militar primária mas mantêm um forte valor simbólico e patrimonial para o Estado.

Latitude e Longitude

38°40'27"N 9°19'30"W

Características principais

Considerado o maior e mais completo complexo de defesa militar em estilo Vauban remanescente em Portugal. Possui uma excelente posição estratégica na barra do Tejo, cruzando fogo com o Forte de São Lourenço do Bugio. A planta é quase pentagonal, protegida por terra por dois fossos e, primitivamente, por porta levadiça. Apresenta um complexo sistema defensivo com revelim, poderosos baluartes (como o do Príncipe/D. Fernando e o de Santo António), esplanadas de baterias em socalcos, guaritas, etc. Internamente, integrava capela, casamatas abobadadas e uma notável cisterna também abobadada, com três naves sobre colunas toscanas. Foi uma das primeiras fortificações abaluartadas em Portugal. A descrição como "estilo Vauban", apesar de ter sido iniciado muito antes (1553 vs. Vauban ativo na 2ª metade do séc. XVII), sugere que as modificações posteriores incorporaram princípios associados à escola francesa de fortificação (complexidade dos baluartes, obras exteriores, fossos elaborados), sobrepondo-os à estrutura renascentista inicial e resultando num palimpsesto arquitetónico representativo da evolução da engenharia militar. Funcionou historicamente não só como "Escudo do Reino", mas também como prisão de Estado (onde esteve detido o General Gomes Freire de Andrade) e local de origem do Colégio Militar. No início do século XX, possuía uma linha férrea interna para transporte de munições.

Fonte(s)

AAVV. À Descoberta das Sentinelas - Roteiro das Fortalezas da Região de Lisboa e Vale do Tejo. Lisboa: Associação de Turismo de Lisboa, 1998.

AZEVEDO, Carlos de; FERRÃO, Julieta; GUSMÃO, Adriano de. Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa. Lisboa: [s.n.], 1963. t. 2 e 3. BARBOSA, I. Vilhena. Archivo Pittoresco. Lisboa: Tipografia de Castro & Irmão, 1863. v. 6.

CALLIXTO, Carlos Pereira. Fortificações Marítimas do Concelho de Oeiras. Oeiras: Câmara Municipal de Oeiras, [s.d.].

CALLIXTO, Carlos Pereira. Resumo Histórico da Torre ou Fortaleza de São Julião da Barra. Lisboa: [s.n.], 1980.

COSTA GUEDES, Lívido da. O Arco de Belém - S. Julião da Barra contorno da Anseada de Paço de Arcos. Lisboa: [s.n.], 1986.

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LOURENÇO, Manuel Acácio Pereira. As Fortalezas da Costa Marítima de Cascais. Cascais: Câmara Municipal de Cascais, 1964.

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PORTUGAL. Ministério da Defesa Nacional. Forte de São Julião da Barra. [Online]. Disponível em: https://www.defesa.gov.pt/pt/adefesaeeu/fsjb. Acesso em: [Data de acesso].

RIBEIRO, Aquilino. Oeiras.: [s.n.], 1940.

ROCHA, Filomena. Oeiras, o Património - a História. Oeiras: Câmara Municipal de Oeiras, 1997.

VITERBO, Sousa. Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portuguezes ou a serviço de Portugal. Lisboa: Imprensa Nacional, 1904. v. 2.

Forte de São Julião da Barra

Forte / Fortaleza

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