País
Portugal
Cidade / Região
Caminha / Viana do Castelo
Data da construção
A fortaleza abaluartada data de 1649-1652, construída durante o reinado de D. João IV. O ilhéu já possuía ocupação religiosa anterior, com uma capela e um mosteiro franciscano fundado em 1392.
Estado de conservação
Classificado como Monumento Nacional desde 1910. Após períodos de abandono e ruína, foi integrado em 2016 no programa REVIVE, que visa a sua reabilitação e exploração turística como estabelecimento hoteleiro ou de alojamento. Foi lançado um concurso público para a sua concessão em 2019.
Latitude e Longitude
41°51'33"N 8°52'28"W
Características principais
Fortificação abaluartada implantada num ilhéu rochoso. Apresenta planta estrelada irregular com cinco baluartes e um revelim. Uma característica excecional é a integração do convento franciscano pré-existente dentro das muralhas militares, uma tipologia muito rara em Portugal, com paralelo apenas no Forte da Berlenga. Esta coexistência demonstra uma solução pragmática para a defesa de um ponto estratégico que já possuía uma ocupação religiosa, integrando as duas funções. O forte possui um poço de água doce situado no mar, alegadamente um de apenas três existentes no mundo. A porta de armas ostenta brasões (Portugal e do Governador do Minho) e uma lápide alusiva à construção. Um farol foi instalado posteriormente sobre um dos baluartes. O Forte da Ínsua marcava o início da linha defensiva atlântica delineada após a Restauração e era crucial para a defesa da fronteira noroeste, cruzando fogo com a Praça de Caminha e controlando a foz do Minho. Esta localização sublinha a importância estratégica das fronteiras fluviais e marítimas na contenção da Espanha.
Fonte(s)
ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de. Alto Minho. Lisboa: [s.n.], 1987. ALVES, Lourenço. Caminha e seu concelho. Caminha: Edição do Autor, 1985.
CALIXTO, Carlos Pereira. "O Convento, a Fortaleza e o Farolim da Ínsua". Revista da Marinha, Lisboa, II série, ano 44, n. 88, p. 27-30, 1980.
GIL, Júlio; CABRITA, Augusto. Os mais belos castelos e fortalezas de Portugal. Lisboa: Verbo, 1986.
GUERRA, Luís Figueiredo da. Castelos do Distrito de Viana. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1926. (Separata de O Instituto).
MOREIRA, Rafael. "Do Rigor Histórico à Urgência prática: a Arquitectura Militar". In: História da Arte em Portugal. Lisboa: Publicações Alfa, 1986. v. 8.
NOÉ, Paula. Guia de Inventário - Fortificações medievais e modernas. Sacavém: IHRU, IP, 2015. Versão 1.1.
PORTUGAL. Direção-Geral do Património Cultural (DGPC). Forte da Ínsua. [Online]. Disponível em: https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=70476. Acesso em: [Data de acesso].
PORTUGAL. Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). Forte da Ínsua / Farol da Ínsua. [Online]. Disponível em: http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/sipa.aspx?id=3607. Acesso em: [Data de acesso].
SILVA, João M. F. "Caminha através dos tempos. Igrejas, Capelas, Mosteiros e Conventos". Caminiana, Caminha, n. 2, p. 127-159, 1980.
TURISMO DE PORTUGAL. Forte da Ínsua. REVIVE. [Online]. Disponível em: https://revive.turismodeportugal.pt/pt-pt/node/750. Acesso em: [Data de acesso].