País
Portugal
Cidade / Região
Esposende / Braga
Data da construção
Construção iniciada em 1699 e concluída em junho de 1702. Esta data tardia, na viragem para o século XVIII, sugere que a necessidade de fortificar pontos estratégicos da costa norte persistiu mesmo após o fim da Guerra da Restauração, possivelmente devido a ameaças contínuas de pirataria ou corso, ou pela importância económica da foz do Cávado.
Estado de conservação
Classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP) desde 1982. O farol continua em funcionamento.
Latitude e Longitude
41°32'35"N 8°47'25"W
Características principais
Originalmente apresentava uma planta estrelada com um baluarte em cada vértice e guaritas hexagonais. O interior continha edifícios para a guarnição, como casernas e uma capela. Atualmente, subsistem apenas dois vértices com as respetivas guaritas. Na face norte existe um conjunto de quatro edifícios, incluindo um grande corpo retangular virado à praia que integra um farol metálico no centro, e três corpos quadrangulares adossados. O farol atual é uma torre de ferro de quinze metros, encomendada em 1922 e concluída em abril de 1925, sendo uma das raras torres faroleiras metálicas existentes em Portugal. A adaptação da estrutura para incorporar este farol moderno no século XX demonstra a capacidade de reutilização adaptativa de antigas estruturas militares para novas necessidades de infraestrutura marítima, conferindo-lhe uma função contemporânea vital e contribuindo para a sua manutenção parcial.
Fonte(s)
AMÂNDIO, Bernardino. Esposende e o seu concelho na história e na geografia. Mínia, Braga, n. 4, p. 108-145, 1996.
FERNANDEZ NUNEZ, Estanislao. Teoria y proyeto sobre las fortificaciones militares al nuerte del Duero. Vila Nova de Gaia: Gabinete de História e Arqueologia de Vila Nova de Gaia, 1987.
NOÉ, Paula. Guia de Inventário - Fortificações medievais e modernas. Sacavém: IHRU, IP, 2015. Versão 1.1.
PROENÇA, Raul. Guia de Portugal. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1983. v. 4, t. I: Entre Douro e Minho, Douro Litoral.