Descrição
Principal centro comercial e financeiro da Europa no século XVI, localizado no rio Escalda. Após um longo declínio devido ao bloqueio do rio (1585-1795), ressurgiu como um dos maiores portos da Europa no século XIX.
Ano da Fundação ou da Fonte mais antiga
Assentamento galo-romano nos séculos II-III d.C.; mencionado no século IV. Tornou-se um importante centro comercial na Idade Média, superando Bruges no final do século XV. Auge no século XVI. Revitalização a partir do início do século XIX.
País (Estado ou Região)
Bélgica
Local
Antuérpia, Flandres, Bélgica, às margens do rio Escalda (Scheldt), a cerca de 80 km do Mar do Norte.
Estruturação
Porto fluvial com acesso ao mar. No século XVI, o comércio concentrava-se ao longo dos cais do rio. Após o declínio, as primeiras docas modernas (Le Petit Bassin/Bonapartedok e Le Grand Bassin/Willemdok) foram construídas por Napoleão entre 1803 e 1813, atrás de eclusas para manter o nível da água. No final do século XIX, após a remoção das portagens do Escalda (1863), houve uma grande expansão para o norte da cidade com a construção de novas docas e eclusas, e o endireitamento dos cais do rio (Scheldekaaien). O desenvolvimento industrial e portuário do século XIX envolveu grandes obras públicas e empreiteiros.
Anotações
Foi o centro indiscutível da economia internacional no século XVI, superando Bruges e atraindo mercadores de toda a Europa. Sede da primeira bolsa de valores construída para esse fim. Principal mercado europeu para especiarias portuguesas, açúcar e produtos manufaturados. O Fechamento do Escalda pelos holandeses em 1585, após a conquista espanhola, levou a um êxodo de mercadores e artesãos (muitos para Amsterdã) e a um declínio econômico que durou mais de dois séculos. Napoleão viu seu potencial estratégico e iniciou a modernização do porto no início do século XIX. A remoção das portagens do Escalda em 1863 foi o catalisador para o renascimento do porto. No final do século XIX, tornou-se novamente um dos maiores portos da Europa, competindo com Roterdã e Hamburgo, beneficiando-se da industrialização da Bélgica e da Alemanha. O FelixArchief (Arquivo da Cidade de Antuérpia) é um repositório crucial de fontes históricas.
Fontes
ANTWERPEN.BE. Antwerp Urban Development. [s.d.].; BREPOLSONLINE.NET. Agglomeration economies and the location of foreign merchants. 2017.; DISCOVERY.UCL.AC.UK. Spatial organisation of economic activities in Antwerp. 2016.; HERITAGEUNIVERSITYOFKERALA.COM. [Artigo sobre patrimônio].; HUMANITES-SCIENCES-MER.ORG. The technical adaptation of ports. [s.d.].; JOURNALS.OPENEDITION.ORG. Private security in Antwerp (1907-1934). [s.d.].; JOURNALS.OPENEDITION.ORG. The medieval origins of the Antwerp market. 2014.; LIRIAS.KULEUVEN.BE. The Antwerp COR-database*. [s.d.].; MARINES.MIL. Belgium: A Country Study. 1984.; MARNOT, Bruno. Ports as Tools of European Expansion. Encyclopédie d'histoire numérique de l'Europe [online], 2020.; PG.WORLD. Shore Excursions Antwerp. [s.d.].; PORT OF ANTWERP BRUGES. The history of the port of Antwerp. [s.d.].; REPUBLIEK.EUR.NL. Profiling the ports of Rotterdam, Antwerp, and Hamburg. [s.d.].; RESEARCHGATE. Antwerp, Belgium - a 9th century Viking Town? 2016.; RESEARCHGATE. Public Works Contractors in Antwerp. 2023.; RESEARCHGATE. Understanding the spatial organisation of economic activities in early 19th century Antwerp. 2016.; SGLUSA.COM. Antwerp Port Report. [s.d.].; VLIZ.BE. Stakeholder relations and path dependence in strategic seaport planning. 2013.; WIKIPEDIA. Antwerp. [s.d.].
