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Descrição

Porto inglês no rio Mersey que experimentou um crescimento explosivo a partir do final do século XVII, tornando-se o principal porto negreiro do mundo no século XVIII e, posteriormente, o maior porto de exportação de manufaturados e importação de algodão, além de centro de emigração, no século XIX.

Ano da Fundação ou da Fonte mais antiga

Recebeu carta de cidade do Rei João em 1207. O crescimento significativo começou no final do século XVII. A primeira doca comercial fechada do mundo (Old Dock, depois Thomas Steers' Dock) foi aberta em 1715.

País (Estado ou Região)

Reino Unido (Inglaterra)

Local

Liverpool, Merseyside, Inglaterra, na margem leste do estuário do Rio Mersey.

Estruturação

Caracterizado por um sistema interconectado e massivo de docas fechadas (wet docks) construídas ao longo de vários quilômetros da margem do Mersey. Docks notáveis do século XVIII incluem Old Dock (1715), Salthouse Dock (1753), George's Dock (1771), King's Dock (1788), Queen's Dock (1796). O século XIX viu uma expansão contínua e monumental do sistema de docas (ex: Albert Dock, 1846). A Mersey Docks and Harbour Board, formada em 1858, administrava o complexo. O Port of Liverpool Building, sede da autoridade portuária, foi construído entre 1904-1907 com uma moderna estrutura de concreto armado. O desenvolvimento inicial ocorreu em torno de um riacho natural chamado "The Pool".

Anotações

Crescimento demográfico e econômico fenomenal, tornando-se a "segunda cidade do Império". Foi o maior porto negreiro do mundo, organizando 4.894 expedições e dominando a trata britânica e global nas décadas finais do século XVIII e início do XIX. Após a abolição da trata em 1807, tornou-se o principal porto mundial para a importação de algodão bruto (majoritariamente dos EUA, produzido por escravos até 1865), abastecendo a indústria têxtil de Lancashire. Grande centro de emigração da Europa para as Américas no século XIX. Importante centro industrial, de construção naval e de companhias de navegação. A riqueza gerada pelo comércio, incluindo a trata, foi fundamental para o financiamento da expansão das docas. Os Liverpool Customs Bills of Entry (1820-1900) são uma fonte primária detalhada sobre seu comércio.

Fontes

BRITISH ONLINE ARCHIVES. Liverpool Customs Bills of Entry, 1820–1900. [s.d.].; DISCOVERING BRISTOL. Bristol's slave ships. [s.d.].; HAGGERTY, Sheryllyn. ‘Merely for Money’? Business Culture in the Slave Trade Port of Eighteenth-Century Liverpool. 2012.; LIVERPOOL MARITIME SOCIETY. The Liverpool Dock System. [s.d.].; MARNOT, Bruno. Ports as Tools of European Expansion. Encyclopédie d'histoire numérique de l'Europe [online], 2020.; MUSEUM OF LIVERPOOL. Merseyside Historic Characterisation Project: Liverpool Part 3; Liverpool Part 6. 2011.; POWER, Andrew. A Demographic Study of Liverpool, 1660-1750. PhD Thesis, University of Liverpool, 1986.; UNIVERSITY OF LEEDS LIBRARY. Primary sources: Slavery. [s.d.].; UNIVERSITY OF LIVERPOOL LIBRARY. Special Collections & Archives: History. [s.d.].; WIKIPEDIA. Port of Liverpool Building. [s.d.].; WIKIPEDIA. Traite négrière à Nantes. [s.d.].

Image by Europeana

EXEApédia

Iconográfico e documental

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